Análise da Primeira Assembléia do Condomínio

Análise de alguns aspectos e fatos referente à primeira Assembléia:Como podemos observar os problemas em condomínios são praticamente os mesmos em qualquer época ou lugar. O primeiro candidato a Síndico do condomínio foi Wagner Lemos Medeiros, condômino esse que primeiro se pronunciou na Assembléia, no inicio da pauta para candidaturas. O segundo candidato, foi Bernardino Vendrusculo, que foi apresentado pela chapa da Comissão Organizadora. Em justificativa a sua candidatura, mencionou que foi a pessoa que mais trabalhou naquela Comissão, bem como participou das reuniões na COOHAP, (Cooperativa Habitação Alto Petrópolis). O Sr. Bernardino Vendrusculo justificou ainda, que dispunha de meio turno para as atividades de Síndico, assunto que em todos os tempos, sempre foi e é pauta durante as eleições para novas Administrações, tendo em vista o entendimento dos condôminos, da necessidade de maior dedicação direta do Síndico nas decisões. O Sr. Bernardino Vendrusculo foi eleito o primeiro Sindico do condomínio. Outro fato importante foi a aprovação de 4 zeladores e um encarregado dos mesmos, tendo em vista que tal sistema aliviaria o Síndico nas suas tarefas. Para que possamos acompanhar como foi instituída a taxa condominial, relatamos que nesse dia, restou aprovado que a taxa condominial seria de igual valor, independentemente do numero de dormitórios ou metragem de cada apartamento. Sem o espírito de conformismo, e sim com uma visão otimista e com melhor detalhamento e visão da evolução de nosso condomínio e de toda estrutura e avanços alcançados, estaremos juntos viajando no tempo para então podermos avaliar definitivamente se vivemos no lugar adequado para nós e nossas famílias. Para esta analise convidamos os condôminos para acompanhar todos os desdobramentos relatados neste documentário, com detalhes de cada Assembléia Geral, fórum principal para decisões.
Em 30 Maio de 1983, passados 7 meses, lá estavam os moradores evolvidos com a troca de quatro Subsíndicos que pediram demissão por falta de tempo para dedicarem-se ao cargo.
Foram eleitos os substitutos: Itacir de Vargas Veiga - bloco 11/401-Subsíndico dos blocos: 7,9,11,13,15. Alcides Farias – bloco 47/416 - Subsíndico dos blocos: 47,48,49,53,54. Romualdo Lay – bloco 42/121. Subsíndico dos blocos: 34,35,36,40,41,42,43. Não houve candidato Subsíndico dos blocos: 44,45,46,50,51,52.
Fica evidente que desde a primeira gestão no condomínio sempre houve dificuldades em se conseguir membros para exercerem cargos na Administração. Tal dificuldade ficou demonstrada nessa Assembléia de 30 de Maio de 1983, com as trocas de Subsíndicos e Assembléia de 15 de Outubro de 1983, quando o Síndico eleito Bernardino Vendrusculo relatou para os presentes que teve dificuldades em coordenar um numero muito grande de Subsíndicos de blocos e propôs diminuir o numero de componentes. Entendemos tal proposta como demonstração da forma de administrar o condomínio desde a primeira gestão com o uso da centralização das decisões o que desestimula a participação dos Subsíndicos. A solução seria uma Gestão Participativa, conforme determina nossa Convenção, Capitulo VII artigo 10 e seus parágrafos e Capitulo VIII artigo 11 e seus parágrafos, como proposta apresentada mais tarde, no ano de 2001, pelo condômino Paulo Portella, bl. 50/101 a qual sem necessidade de nenhuma mudança de nossa Convenção condominial, espraiaria o poder nos sessenta blocos.
Conforme informação descrita na Assembléia de 30 de Maio de 1983 , haviam sido vendidas até aquele momento 50% dos imóveis disponíveis, bem como, apenas 204 estavam em dia com as taxas condominiais.
Levando em conta que 24 condôminos participaram da primeira Administração, com um percentual de 11,76%, se assim fosse mantida a cultura deste percentual e incentivo na participação mais efetiva dos Subsíndicos, teríamos nos dias de hoje, mesmo contando com a inadimplência, a quantidade suficiente de condôminos para por em pratica a política de Gestão Participativa, descrita em nossa Convenção, que indica um condômino por bloco, nas funções de Subsíndico, eleito e/ou destituído, a qualquer momento por ¼ do condôminos residentes de cada bloco.
Ao longo de nossa história, ficou constatado que o organograma utilizado para as Administrações, sempre teve o poder centralizado na figura do Síndico que escolhe todos os componentes de sua chapa, inclusive o Conselho Consultivo, que aprova suas contas, quando muitas vezes se viu o Presidente do Conselho auxiliar na execução de parte da Administração, fato que o impediria de analisar as contas fruto de seus próprios atos.

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